quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Um amor de luto

Acho que estava de luto, e só notei isso agora que ele passou. Fiquei dias sem entender porque não tinha vontade de sair, de ver gente, de me arrumar e de vir trabalhar. Fiquei dias querendo só ver minha família. Eu queria um colo, mas não entendia porquê. Queria colo 24h por dia. O mesmo colo que ganhei há quase cinco anos atrás, quando algo do tipo me surpreendeu.

Eu me entreguei, talvez não plenamente, mas me entreguei. Por certo tempo tive reciprocidade, por outro nada em troca. Amor não devia ser assim. Devia ser uma via de mão-dupla. É vai-e-vem. Nunca um poderia ir sem o outro vir. Mas quem disse que Deus escreve certo por linhas tortas estava muito certo. Depois de quase dois meses sem entender esse meu distanciamento do mundo, vejo que estava de luto.

Lutei por algo e não consegui conquistar, fiquei em luto, e agora acordei para levantar e lutar novamente. É difícil esse primeiro passo, é difícil ver tudo de novo e saber que não será como o passado. Porém, prefiro acreditar que o futuro me reserva algo bom, algo que não me fará mais entrar em luto, e eu farei de tudo para que esse luto não volte. Adeus, luto.

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