segunda-feira, 18 de julho de 2011

Quase um diário de bordo

Antes de começar a ler, comece a escutar a música a baixo:


Toda vez que escutava You and Your Heart (Jack Johnson) me dava uma vontade louca de por o pé na estrada e seguir sem rumo. Parando nos lugares que queria, ficando o tempo que desse na telha e aprendendo com meus próprios medos.
Fiz isso no último sábado, acompanhada de uma amiga que talvez me conheça mais que minha mãe, enfrentamos 148 km. Parece pouco, eu sei, mas não foi. Não para primeira vez enfrentando uma serra "sozinha", e para um lugar que eu não ia há pelo menos 5 anos.
Sai de casa nervosa, vestida de jeca (nós fomos a uma festa junina) e ainda esqueci metade das coisas que tinha planejado. Busquei minha amiga e voltei em casa para pegar os pertences esquecidos. Meus pais que outrora esbravejavam, agora viam que eu não desistiria da novidade de subir a serra até Angelina às 19h daquele dia, e finalmente me desejaram "uma boa viagem". Melhor, pelo menos agora eu estava saindo de casa apenas vestida de jeca. Pedi a benção do Cara lá de cima e fomos rumo Norte, seguindo um amigo que subia aqueles montes achando que tanto eu quanto ele estávamos num carrinho 2.0. Coitado!

Até aí tudo bem, quer dizer, bem mesmo se eu estivesse em cima de um quadricículo quando chegamos na estrada de terra. A começar pelas curvas que me trouxeram um leve enjôo. PS: Que diacho um cristão precisava fazer tanta curva pra uma estrada em? Chegamos a conclusão que ele só podia estar correndo atrás de uma cobra quando a fez. Que caminho sinuoso.
Continuando: Para voltar lá de novo só com um bom motivo, não tenhas dúvidas. Mas enjôos a parte, foi tudo muito legal.

A volta foi bem mais proveitosa. Vimos coisas que às 20h simplesmente sumiram daquele lugar, e às 10h se mostravam tão majestosas que pareciam implorar alguns cliques.
Final feliz, festa boa e volta melhor ainda.
Restaram dores nos ombros de tanta tensão ao volante, um carro sujo de lama, uma bota mais ainda e a emocionante memória da minha primeira viagem sozinha.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cadê o Manuel...


Algo irrita mais que a indecisão de saber se pode ou não falar? Se pode ou não tomar uma atitude? No momento, pra mim, não! Antes eu sentia total liberdade, agora me vejo numa encruzilhada. Sem saber como agir, com o coração na boca e as mãos entre as pernas. Bobeira, eu sei, pior-que-eu-sei. Mas é inevitável, ou melhor, é involuntário.
E é sempre assim, sempre igual, e sempre diferente.
Manual de instruções, cadê você?