terça-feira, 3 de setembro de 2013

Mentiras que eles contam



Meus pais nunca me disseram que seria fácil, e isso tudo começou quando eu era bem pequena.
Nunca um parente querido que faleceu virou estrela. Ele morreu, eu fui no velório, eu vi o caixão ir para baixo da terra, e agora ele está ao lado de Deus. Bem, esta parte é uma crença minha independente das mentiras que os pais contam. Mas velórios são frequentes na minha vida desde os meus 11 meses, de acordo com a mami.

Engolir o choro, pois um dia eu iria agradecê-los nunca fez parte do vocabulário deles. Não tivemos essa questão de troca. Fazer de bom coração, e em nome do respeito que deve ser recíproco, rende mais que qualquer troca no mundo, e eu acredito muito nisso.


A cegonha me trouxe, mãe? Não... Eles eram mais criativos que isso. Eu nasci de um repolho que meu pai recolheu no supermercado. Fofo, né?! Mas depois eu aprendi o correto, juro.

Filha, teu desenho tá lindo (mesmo não estando), sempre funcionou para eu me esforçar e querer fazer melhor. Acredito que na minha profissão eu ainda siga a risca essa sequência.

Essa discussão meio sem pé nem cabeça surgiu após a leitura de uma matéria da Superinteresse onde se falava das mentiras que os pais contam e que influenciam na personalidade dos filhos. 

Achei que meus pais mereciam essa discussão. O esforço deles sempre foi tão grande. Não acredito que as mentirinhas, ingênuas e sem porquês, tenham tom de negatividade.

Foto: Reprodução