domingo, 25 de outubro de 2009

Melhores idades

Quando se completa 50 anos, diz-se "meio século de vida".
Quando se completa 51, alguns dizem que é "uma boa idéia"
E aos 60? Idade talvez mais madura de um homem no qual os cabelos brancos teimam em aparecer, e incessantes eles vêm.
Dominam todo o "cucuruto" do bom homem, mas não dominam seu coração. Quando o coração não é dominado, pode ter certeza, o cucuruto é só um detalhe.

Alma de criança, pensamentos um tanto quanto sonhadores, mas é exemplo e digno de tudo que possui.
Todo filho, não importa o passado, sabe passar por cima de qualquer coisa pela sua família. Maus temporais não vêm atona nesse momento. Agora, só as conquistas se mostram presentes. Só as batalhas trazem sentimento de orgulho. Só "fazer o bem não importa a quem" demonstra o tamanho do caráter deste homem.

Sei que tudo que fizeste até hoje é por amor, sei que cada discussão só trouxe aprendizagem pra cada um de nós. A gente aprende vivendo, errando, acertando, arriscando.
Obrigada por ontem, pelo hoje e já te agradeço por amanhã. Sei de todas as tuas forças, sei de tudo que és capaz, e acredito, confio.
Parabéns Pai. Te amo!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mestres

Até a 5ª séria toda criança no colégio em que eu estudava fazia lembrança nas datas comemorativas, feriados ou datas especiais. Nossos professores sempre davam ênfase pro valor dessas coisas. Quando era o dia dele, vinha um coordenador perguntar o que faríamos para o dia 15 de outubro, Dia dos Professores. Nós fazíamos cartinhas, cestas, juntávamos dinheiro e comprávamos presentes simples, mas de coração.

Depois de um tempo essas coisas passaram a ser banais, não só para os alunos, como para o colégio parece.
Não comemorávamos mais o dia da Independência, Bandeira, das Mães ou Pais. Quisá o dia do Professor.
Apartir daquele momento, 7ª série em diante, a impressão que todos passam é que aquilo vira mico.
Esses dias patriotas virão meras cantaroladas de hino.
O dia das mães ou pais, vira sinônimo de gasto do dinheiro do bolso dos mesmos. E o dia do Professor? Bem... Esse muito menos era lembrado, quem sabe um abraço de alguns mais simpáticos. Um presente dado era "puxar o saco do professor".

Desde então vejo que essas atitudes vem mudando o mundo. Prova disso foi o nosso 7 de setembro. Foi na passarela Nego Querido, APENAS.
Apenas sim. Cadê o patriotismo dessa nação? Ah bom, ele (o patriotismo) foi transferido para aquela pequena passarela pois no dia seguinte haveria a Parada da Diversidade, fato muito mais importante, de maior valor sentimental e, obviamente, econômico.
Aí me ficam as dúvidas... Esse Brasil de terceiro mundo, capaz de suporta Copa, Olimpiadas e Fórmulas 1, é incapaz de adorar sua pátria um dia que seja?

Bem, meu interesse nesse desabafo não era o 7 de setembro, mas sim o Dia dos Professores.
Por meio deste eu quero agradecer a todos os mestres que me ensinaram além do ABC, a VIDA. Agradecer a calma, a paciência, o bom e o mau humor. Desejar a sorte, o sucesso e a eterna felicidade praqueles que fazem de nós, GENTE.

Abrace o seu professor, mostre que se importa com o serviço dele, mostre que sua gratidão é do tamanho do empenho dele, ou pelo menos tente isso.

Tais atitudes não tem comparação.
São os pequenos gestos que mais conquistam os outros.


Beijos

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Pela cidade...

Os olhares percorrem a cidade. Não se sabe de onde eles vieram, nem a força que eles têm. Sabe-se apenas por onde seus pés querem seguir.
Vidas que se cruzam por acaso.
Intensidade de querer, desejo, apelo e sonhos.
Rostos passam em vão pela manhã da cidade.
Muitos procurando pelo seu bem, muitos procurando pelo que não tem.
Maioria procurando pela paz!
Talvez todos almejem os mesmos objetivos.
Talvez os sonhos que sejam os mesmos, e por isso poucos os realizam.
A cada rosto que passa uma impressão me fica.
Será que está feliz? Será que não acordou bem? Está alí por obrigação ou por paixão? Melhor que seja por paixão.
Eles percorrem o mesmo caminho todos os dias e mal sabem quem os cerca.
Rotina de cansaço ou de prazer.
Melhor que seja de prazer.
Melhor mesmo é que seja para o bem. Que sejam do bem.

Karin Barros

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Vida


Era 8 da manhã quando as flores chegaram à porta de casa. Meus pais olharam da janela e não entenderam de onde elas surgiram. Ao pegá-las viram uma carta e nela, agradecimentos. Seu filho tinha partido. Leonardo tinha 15 anos e faleceu de câncer no dia 15 de setembro de 2009. Homem religioso, pai de mais duas meninas, não podia abandonar ninguém em nenhum momento.

Durante todo o percurso do tratamento, não largava seu violão. Dizia que só aquilo lhe trazia a paz de antigamente, o conforto dos dias de glória.
Realizava todos os desejos do filho. Fez coisas que só o amor verdadeiro de pai é capaz de fazer. Abriu caminhos pro seu filho onde só haviam muralhas. Sorria hoje para esconder a lágrima que talvez viesse a escorrer no dia seguinte.
Com toda a esperança do mundo, encarava todos os obtáculos de cabeça erguida, conquistava novas amizades e levava lição de vida a cada canto que percorria.
Lição de perseverança, amor, fé e gratidão.

No dia 16 de setembro, olhava as flores e me emocionava. Como que alguém mesmo tendo acabado de perder seu filho, mostrava tamanha gratidão aos seus amigos?! Sinônimo disso é a fé, a força da fé. Grande guerreiro!

As flores? Elas ainda existem... quase mais belas que no dia que recebemos. A resposta pra isso tudo, pra mim, é uma só: Esse menino quer mostrar como batalhou, como tentou vencer cada minuto de seu destino, e como quer que nós, apesar dos pesares, vençamos também.

EXEMPLO DE VIDA, PRA SEMPRE.

beijos