Antônio Carlos demonstrou, mais uma vez, a força de sua agricultura, na XXXIII Festa do Colono. Suas simples tobatas transformaram-se. Assim como a abóbora que vira charrete na história da Cinderela, as máquinas viraram lindas “alegorias verduríficas”, que ao fim do desfile, entram em discussão por um júri. É escolhida a mais bonita, e aí chega o momento da meia noite entre as verduras. A hora em que tudo pode ser comercializado e as belas alegorias voltam a ser simples tobatas. O fruto de muito trabalho, o objeto de muitos dias debaixo de sol, foi naquele dia o que colheu e o que expôs, o que vendeu e o que encantou.
O contraste dos loiros fios de cabelo e as verdes folhas de couve era majestoso. A cor forte das cenouras lembravam as bochechas vermelhas de timidez dos colonos.
Por instantes, se todo o som fosse desligado, o movimento de carros fosse ignorado e as barracas fossem de palha, voltaríamos ao século passado daquela pacata cidade.
Os instantes acabaram. A cidade realmente impressionou na organização, em público e humildade. A tradição fala mais alto dentre aquele povo. Os valores são outros, e estes estão marcados em seus rostos.
Quem pode prestigiar essa festa saiu de lá impressionado, e com toda certeza, sabendo o valor da lavoura de cada dia.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
E quando for a nossa vez?
Qual deles casará primeiro? Ou será ela?
Será que acontecerá um casamento entre alguém do grupo?
Essas perguntas assolaram minha noite.
Já imagino o mais quieto de todos casando primeiro. Ele que sempre foi o mais tímido, porém o mais educado, mais estudioso e o mais "príncipe" entre os "príncipes" do grupo. Ele vai entrar na igreja e todas as amigas vão desabar chorando e os amigos vão parabenizá-lo. Sim, afinal todos sabiam que ele casaria rápido, com uma boa menina que contraísse as mesmas qualidades que ele.
Certamente, quem casará depois será alguém que se distanciou do grupo. Mas esse alguém convidará todos, sem exceções, afinal, amigos assim é sorte pra poucos.
Nesse casamento já teremos crianças, de colo. No colo de uma delas que resolveu não casar, simplesmente ama e acha que isso já é o matrimônio necessário entre eles.
Depois será a união de um daqueles dois que viviam brigando, como cão e gato. Hoje, não são mais assim com a Graça de nosso Pai, amém. (sem exageros)
Ela será uma das daminhas, que mesmo estando ali presente, não acreditará que finalmente ele casou. Ela sabe que ele gosta dela, mas não colocava sua mão no fogo.
Logo em seguida se casa a que reunia todos. Todos que estavam brigados, todos que "ficavam" e todos que tinham vergonha. Ela tinha um incrível poder de convencimento. Ela sonhava com aquele dia, e fez com que todos os seus amigos de infância fossem testemunhos de sua felicidade.
Uma que chegou mais tarde resolveu casar também. Resolveu acreditar em casal feliz, e que ele era a metade do casal feliz. Todos já sabiam que dalí não podia sair outra coisa que não fosse casamento. Era muita afinidade, muita sintonia, amor e muito amor.
A menina de família, desastratada, que adorava uma encrenca se casou e teve gêmeos! Essa foi rápida, assim como a fortuna que rapidamente conquistou.
O que se achava o badboy entre todos achou que ia ficar pra titio! Coitado! Casou também. Mas todos sabem que aquele alí não muda. Aquele alí é casado com o mundo!
A daminha casou também, e creio ter sido a festa mais bonita. Sempre foi o bebê turma, a paparicada por todos e por isso a festa mais esperada.
Se souber de quem eu falo, imagine, desvende e tente entender a história que vos escrevi a cima. Se não, imagine como será com o seu grupo.
Como vai ser quando cada um de nós casarmos...
FOTO: Arquivo pessoal
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Nostalgia e tolerância
Nessas férias, assistindo muitos filmes, me sentia incomodada com os gritos das crianças na rua. Botei-me a observá-las. Parei e vi que eu estava sendo severa com meu julgamento. A 5 anos atrás era eu quem estava lá. Era eu e uma turma de mais umas 5 crianças. Cada um com uma idade diferente, mas isso não importava naqueles momentos. O que importava era juntar o maior número possível de gente pra poder jogar "alerta", "três corta", "gol a gol", "salva bandeira", "ABC" e por aí vai! A turma era grande mesmo.
Lembro que quando entrei na escolinha de vôlei, aos 12 anos, queria ensinar todos a jogar, queria ensinar técnicas e tudo mais. Os menores estavam adorando a idéia, até que um dia um deles chegou pra mim com uma fita de música (aquele negócio que era antes do CD, sabe?), dizendo que dessa fita a gente podia desenrolar a fita de dentro, que era gigantesca, e ligar um poste a um portão, formando uma faixa.
Essa faixa seria a nossa rede de vôlei! Todos acharam o máximo, porque finalmente havíamos conseguido algo que dividisse uma quadra e que não fosse de valor (pois outras coisas nossos pais confiscariam). Bem, aquela fita deve ter durado uns 2 dias, até que a esquecemos e um caminhão passou na rua arrebentando-a.
O vôlei continuou não por muito tempo, e a brincadeira de "gol a gol" voltou a prevalecer. Até que escolhemos o portão errado para chutar. Era o portão da "Bruxa do 71". Ela era chamada "carinhosamente" assim, lembrada pela personagem rabugenta que havia no programa do Chaves. Incrívelmente todas as bolas que lá caiam, estouravam. (Depois de muito tempo fomos descobrir que o que realmente estourava a bola de borracha era a roseira que a "Bruxa do 71" cultivava.)
Voltando a 2010.
Hoje as crianças aqui da rua brincam de "gol a gol" na porta da garagem da minha casa. E eu pergunto: "Mãe, como vocês aguentavam essas porradas da bola na porta?"
E ela disse: "Quando é o nosso filho, a gente não liga, pelo menos sabe que tá lá feliz e saudável".
Típica resposta de mãe, né?
Julguei errado mesmo, até dei um chingão neles, mas depois vi que posso tolerar isso. Tolerar porque sei que já fiz exatamente igual, e que meus filhos farão exatamente igual a mim e a eles.
Lembro que quando entrei na escolinha de vôlei, aos 12 anos, queria ensinar todos a jogar, queria ensinar técnicas e tudo mais. Os menores estavam adorando a idéia, até que um dia um deles chegou pra mim com uma fita de música (aquele negócio que era antes do CD, sabe?), dizendo que dessa fita a gente podia desenrolar a fita de dentro, que era gigantesca, e ligar um poste a um portão, formando uma faixa.
Essa faixa seria a nossa rede de vôlei! Todos acharam o máximo, porque finalmente havíamos conseguido algo que dividisse uma quadra e que não fosse de valor (pois outras coisas nossos pais confiscariam). Bem, aquela fita deve ter durado uns 2 dias, até que a esquecemos e um caminhão passou na rua arrebentando-a.
O vôlei continuou não por muito tempo, e a brincadeira de "gol a gol" voltou a prevalecer. Até que escolhemos o portão errado para chutar. Era o portão da "Bruxa do 71". Ela era chamada "carinhosamente" assim, lembrada pela personagem rabugenta que havia no programa do Chaves. Incrívelmente todas as bolas que lá caiam, estouravam. (Depois de muito tempo fomos descobrir que o que realmente estourava a bola de borracha era a roseira que a "Bruxa do 71" cultivava.)
Voltando a 2010.
Hoje as crianças aqui da rua brincam de "gol a gol" na porta da garagem da minha casa. E eu pergunto: "Mãe, como vocês aguentavam essas porradas da bola na porta?"
E ela disse: "Quando é o nosso filho, a gente não liga, pelo menos sabe que tá lá feliz e saudável".
Típica resposta de mãe, né?
Julguei errado mesmo, até dei um chingão neles, mas depois vi que posso tolerar isso. Tolerar porque sei que já fiz exatamente igual, e que meus filhos farão exatamente igual a mim e a eles.
domingo, 18 de julho de 2010
Apaixonante lagoa
Lagoa da Conceição, dessa gente calma, dessa gente simples que contrasta com a exorbitante nobreza que existe a partir do outro lado...
Essa ponte que divide dois mundos que são um só, e tão diferentes.
Centro e bairro; Praia e lagoa; Doce e Salgado; Balada e calmaria; Surf e kitesurf.
Esse lugar que o vento chega tão majestoso, balançando as folhas das seringueiras e levantando a areia da Praia da Joaquina.
O lugar que me faz lembrar que a natureza quer prevalecer na cidade, mas nós não a deixamos.
O lugar que faz a beleza ser magistral, o amor ser mais romântico e a paz ser mais intensa.
Essa Lagoa que é o exemplo mais concreto da magia da Ilha é o meu sonho. Essa lagoa é mais que a água doce que a banha.
Essa Lagoa é desenho de Deus.
"Tua lagoa formosa, ternura de rosas, poema ao luar. Cristal onde a lua vaidosa, sestrosa, dengosa, vem se espelhar."
Ele falando dela
Ele diz que ela não quer nada, nem nunca quis. E ela não sabe mais como provar o contrário.
Ele sabe que os dois juntos fecham como lua e mar. Ela queria acreditar diferente.
Ele diz que nunca mentiu, que sempre deu o primeiro passo, que não gosta, que não deseja e que não ama.
Iludido, coitado!
Ele sabe que os dois juntos fecham como lua e mar. Ela queria acreditar diferente.
Ele diz que nunca mentiu, que sempre deu o primeiro passo, que não gosta, que não deseja e que não ama.
Iludido, coitado!
sábado, 17 de julho de 2010
Ela falando dele
Ela não sabe o que acontece, só sabe que adora. Ele não deve saber o que acontece também, e se sabe, esconde muito bem.
Ela quer mudar por ele, mas não sabe se ainda vale seguir. Ele tem medo, ele é inseguro.
Ela diz que não sabe mimar. Ele diz que é só isso que quer dela.
Ela diz que está braba, e ele diz que é assim que ela fica mais linda!
Ela diz que não quer nunca mais, ela diz para as amigas que cansou, diz que não gosta, que não deseja e que não ama.
É tudo mentira, coitada!
Ela quer mudar por ele, mas não sabe se ainda vale seguir. Ele tem medo, ele é inseguro.
Ela diz que não sabe mimar. Ele diz que é só isso que quer dela.
Ela diz que está braba, e ele diz que é assim que ela fica mais linda!
Ela diz que não quer nunca mais, ela diz para as amigas que cansou, diz que não gosta, que não deseja e que não ama.
É tudo mentira, coitada!
terça-feira, 13 de julho de 2010
zZzzzZZz...
Espero que todos estejam a bordo.
Preparados para lindas emoções?
Sintam o vento no rosto.
Olhos lacrimejando.
Cabelo que voa tão livre que nos deixa com inveja!
Senta, senta, senta!
Olha a onda!
Passou!
Tem mais pela frente, estão preparados?
Parada pro mergulho, então.
"hummmmmmmmmmmm"
Delícia estar em mares nunca mergulhados.
Gostoso ser desbravador das maravilhas da vida!
Estamos chegando ao ponto de partida novamente.
Parece que o rosto ainda está sendo puxado pra trás com a velocidade do vento, né?
Gostinho de sal pelo corpo todo!
Por favor senhores tripulantes, voltem para seus corpos! O mergulho naqueles lugares vai demorar pra acontecer a partir de hoje.
"Aquetem" esses fios de cabelo que só querem liberdade, moças!
Hora de acordar do sonho!
ei! Filha? Bom dia.
FOTO: Arquivo pessoal
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Go!
Precisas mudar. É fato e está decidido. Por onde começar?
Comece pelas roupas.
Vamos dar um passo a frente! Porque como uns dizem: "Tu dá um passo pra frente e dois pra trás!"
Então vamos tirar as roupas velhas e desbotadas do armário! Aquelas que estavam te cobrindo em tantos momentos importantes! Sim, essas. Precisas de NOVOS MOMENTOS IMPORTANTES!
Vamos jogar fora as cartas antigas!
Novas estão por vir!
Vamos comprar um perfume novo e uma sombra totalmente diferente da última usada!
Tira esse esmalte "nhenhenhé", e coloca ALMA. Garra e força nessa mão, mulher!
Mulher...
Mudanças, mulher! Não existe melhor modo de recomeçar, e mais... NUNCA É TARDE!
go go go go
Comece pelas roupas.
Vamos dar um passo a frente! Porque como uns dizem: "Tu dá um passo pra frente e dois pra trás!"
Então vamos tirar as roupas velhas e desbotadas do armário! Aquelas que estavam te cobrindo em tantos momentos importantes! Sim, essas. Precisas de NOVOS MOMENTOS IMPORTANTES!
Vamos jogar fora as cartas antigas!
Novas estão por vir!
Vamos comprar um perfume novo e uma sombra totalmente diferente da última usada!
Tira esse esmalte "nhenhenhé", e coloca ALMA. Garra e força nessa mão, mulher!
Mulher...
Mudanças, mulher! Não existe melhor modo de recomeçar, e mais... NUNCA É TARDE!
go go go go
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Isso intrigaria você?
Aquele homem me intriga. Não é qual quer um, não.
É um mendigo.
Ele está sempre no mesmo lugar.
Num trevo perto de onde eu moro ele fez uma "cabana" com lonas pretas e umas cadeiras.
Com um pouco de criatividade eu posso até dizer que se assemelha àquelas barracas que eu fazia quando era pequena, no meio da sala, e que atrapalhava a todos que queriam ver o Jornal Nacional.
Pois bem... Mas não é só o fato da barraca que me intriga! Ele lê constantemente.
Depois de umas 2 semanas passando por ali, comecei a reparar nisso.
É sempre no fim da tarde.
Esses dias foi uma revista, a pouco tempo era um livro.
Reparei que o livro era bem velho, bem acabado, rasgado, mas enfim, era um livro grosso até.
Quem será esse homem? Qual será o grau de sua instrução?
Será que já foi rico? Estudou em bons colégios, tinha família e um emprego estável?
É isso que eu sempre me pergunto ao vê-lo.
Isso não intrigaria você?
Espero que sim, mas muito mais... Admira-me o fato.
É um mendigo.
Ele está sempre no mesmo lugar.
Num trevo perto de onde eu moro ele fez uma "cabana" com lonas pretas e umas cadeiras.
Com um pouco de criatividade eu posso até dizer que se assemelha àquelas barracas que eu fazia quando era pequena, no meio da sala, e que atrapalhava a todos que queriam ver o Jornal Nacional.
Pois bem... Mas não é só o fato da barraca que me intriga! Ele lê constantemente.
Depois de umas 2 semanas passando por ali, comecei a reparar nisso.
É sempre no fim da tarde.
Esses dias foi uma revista, a pouco tempo era um livro.
Reparei que o livro era bem velho, bem acabado, rasgado, mas enfim, era um livro grosso até.
Quem será esse homem? Qual será o grau de sua instrução?
Será que já foi rico? Estudou em bons colégios, tinha família e um emprego estável?
É isso que eu sempre me pergunto ao vê-lo.
Isso não intrigaria você?
Espero que sim, mas muito mais... Admira-me o fato.
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