sábado, 21 de abril de 2012
Relatando
- Mãe, tais emocionada?
- ah, é besteira..
- Fala mãe, foi uma matéria no jornal que te deixou assim?
- Ah filha... Quando eu era pequena, e surgiram os Beatles, todo mundo achava muito legal, mas a gente nem sabia dizer o nome deles.. falávamos assim como se escreve mesmo, b-e-a-t-l-e-s. Eu nunca imaginaria que uma filha minha assistiria o show deles. Não depois de tanto tempo.
Essa declaração mexeu com o meu dia. Sinceramente, nem eu imaginava isso. Nem nos meus devaneios mais loucos, nem nas minhas pautas mais sonhadoras. Esse é tipo de coisa que me encanta a cada dia que respiro o jornalismo. Sim, eu vou trabalhar no show do Paul McCartney em Florianópolis, Santa Catarina, e ninguém pode imaginar o orgulho que sinto em poder escrever/falar/pensar/sonhar isso. O "cara" não fez parte da minha infância, não fez parte dos meus dias em frente a um aparelho de som, mas se o rock é tudo que é hoje, com certeza deve muito a ele, e eu sei reconhecer isso. O "cara" é o Papa do rock e eu vou trabalhar no show dele. A empresa que me acolheu nos últimos 16 meses é a empresa que está trazendo o último Beatle vivo para Florianópolis. O último dos Papas da música.
Quantas pessoas dariam o que fosse para estar no meu lugar 5 minutos? Quantas pessoas já não sonharam com esse momento e não poderão estar lá porque o valor para assisti-lo é simplesmente exorbitante? Mais uma vez, eu sei reconhecer isso. Darei o meu melhor no dia 25 de abril. Ficarei com os olhos vidrados nas minhas funções do dia. Ficarei com os ouvidos ligados no palco. Ficarei com a alma aos pulos no gramado.
Esse é só um relato de quem ainda não acredita que recebeu a oportunidade de estar no mesmo lugar em que Paul McCartney estará na próxima semana, e de graça.
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